Sondagem de solo para construção civil, mais especificamente, fundações (alicerce), é a fronteira entre uma obra segura e um orçamento que estoura. Decidir fundações sem dados geotécnicos é apostar no escuro, e aposta “barata” costuma sair cara.
Fundação não é commodity. “Preço por metro” sem sondagem é roleta-russa técnica. Com solo, quem manda é a realidade do subsolo, não o desejo do orçamento.

Sondagem de solo para construção civil: por que não é opcional
- Custa pouco e evita prejuízo grande: a sondagem SPT, bem realizada, costuma representar frações do custo da obra (ordem de décimos de ponto percentual, valores médios de mercado) e prevenir patologias que podem consumir múltiplos pontos percentuais em retrabalho.
- O solo muda em metros, não em bairros: o lote “igual ao do vizinho” pode ter camadas completamente diferentes a 3 m de distância. A NBR 6484 existe para garantir dados confiáveis.
- “Preço por metro” sem dados é armadilha: sem NBR 6122 + SPT/CPTu e, quando necessário, ensaios de laboratório, você não dimensiona, você torce. E a gravidade não é negociada.
Fundações e sondagem de solo: estudo de caso rápido
Um residencial de alto padrão decidiu “ganhar tempo” e pulou a sondagem. Escolheu radier porque “deu certo no lote ao lado”. Meses depois: portas travando, fissuras e recalques diferenciais. Entraram reforços caros, atraso no cronograma e desgaste com vizinhos.
O caminho certo teria sido simples: SPT conforme NBR 6484 (malha adequada, profundidade até negativa de resistência, medição do nível d’água), análise geotécnica enxuta e comparação entre raios, estacas hélice contínua, pré-moldadas ou raiz, à luz da NBR 6122. Decisão baseada em risco x custo total. Obra entregue, sem novela.
NBR 6484 na sondagem de solo para construção civil
- Planejamento da malha: mais furos em áreas de maior carga e transição de solo.
- Execução correta: amostragem, contagem de golpes (NSPT) por metro, registro do nível d’água.
- Relatório que orienta: perfis estratigráficos claros, gráficos NSPT, fotos de amostras e assinatura técnica.
NBR 6122 no projeto de fundações com base na sondagem
- Dimensionamento comparativo: radier, estacas (hélice contínua, pré-moldadas, raiz), tubulões quando cabível e seguro.
- Compatibilização com o canteiro: vibração, restrição de altura, logística de concreto, ruído e prazos.
- Plano de verificação: prova de carga estática/dinâmica e controles de execução definidos.
Método 3×3 de sondagem de solo para fundações seguras
1) Diagnosticar (dados de solo em que você pode confiar)
- Faça o básico bem feito: SPT conforme NBR 6484; complemente com CPTu e laboratório quando o perfil exigido.
- Malha e profundidade certas: furos onde há maiores cargas e até resistência adequada.
- Entrega técnica: perfil estratigráfico, NSPT consistente, nível d’água e recomendações preliminares.
2) Dimensionar (projeto de fundações guiado por risco x custo)
- Compare 2–3 alternativas sob a NBR 6122: radier, hélice contínua, pré-moldadas, raiz.
- Simule custo total: mobilização, prazo, interferências (vibração, lama, ruído), prova de carga e controle.
- Decisão com critérios: desempenho esperado, impacto no cronograma e segurança construtiva.
3) Dirigir a execução (controle que evita surpresas)
- Rastreabilidade: ART, diário geotécnico e as built das fundações.
- Controle em tempo real: recusa nas cravadas; torque/volume na hélice; prumo, cota de topo, concreto conforme concepção.
- Ajuste com engenharia: se o solo “conversar” diferente, ajuste o plano com o responsável técnico, não com achismos.
Checklist de contratação: sondagem de solo e fundações
- Sondagem de solo para fundações conforme NBR 6484, com furos suficientes e equipe comprometida.
- Projeto de fundações com memória de design (NBR 6122) e comparativo de alternativas.
- Plano de controle (QA/QC), ART e provas de carga previstas quando aplicável.
- Equipamentos adequados ao canteiro (capacidade, manutenção, restrições de acesso).
- Gestão de riscos: vibração, ambiente, nível de água, logística de concreto e descarte.
- Entregáveis claros: relatórios, laudos, registros de execução e prazos.
Tapinha (de amigo): pedir orçamento de estaca sem sondagem é pedir para ser enganado, mesmo que ninguém queira te enganar. O solo não lê seu orçamento. Leia o solo primeiro.
Perguntas comuns sobre sondagem de solo para construção civil
Quanto custa sondagem de solo para construção civil?
Depende da quantidade de furos, profundidade, acesso e prazos. Em geral, representa uma fração pequena do custo da obra e evita prejuízos muito maiores com patologias e reforços. Solicite orçamento com escopo técnico definido.
Preciso de sondagem de solo para fundações residenciais?
Sim. Casas e sobrados também sofrem com recalques diferenciais. A sondagem de solo para fundações define uma solução segura e econômica, mesmo em lotes “sem histórico de problema”.
Qual sondagem de solo para construção civil escolher: SPT, CPTu ou laboratório?
SPT é o mínimo normativo na maioria dos casos. CPTu agrega valor em solos finos/saturados e para reduzir incertezas. Ensaios de laboratório (granulometria, limites de Atterberg, adensamento) devem conformar-se ao perfil geotécnico e à complexidade da obra.
Quando fazer prova de carga em fundações?
Quando o projeto exige validação de capacidade ou quando a variabilidade do solo e a porta da obra recomendam. A decisão é tomada na fase de projeto, com base nos dados de sondagem e na NBR 6122.
Sobre a Sibrape Fundações
Há mais de 19 anos realizando sondagem de solo e fundações, a Sibrape Fundações já participou de mais de 2.000 obras residenciais, comerciais e industriais. Nosso método é simples na filosofia e especificamente na prática: dados de solo confiável, projeto honesto e execução controlada. É assim que sua obra termina firme — e sua confiança também.
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